Este trabalho foi provavelmente criado na corte toscana do duque Cosimo de Médici para apresentação ao rei da França. Ele foi projetado como um quebra-cabeça, e incorpora símbolos e dispositivos dos mundos da mitologia e imagens emblemáticas. Teria feito o presente perfeito para o rei francês, conhecido por seus apetites lustrosos, ansiando pela cultura italiana e magnificência, e com um gosto por heráldica e emblemas obscuros.A deusa do amor e da beleza, identificada pela maçã dourada dada a ela por Paris e por suas pombas, desenhou a seta de Cupido. Aos seus pés, máscaras, talvez os símbolos de ninfa sensual e sátira, parecem olhar para os amantes. Idiota. Prazer, a criança rindo, lança pétalas de rosa para eles, sem cuidado do espinho perfurando seu pé direito. Atrás dele Deceit, justo de cara, mas falta de corpo, profere um doce favo de mel em uma mão, escondendo a picada em sua cauda com a outra. Do outro lado dos amantes está uma figura escura, anteriormente chamada de Jealousy, mas recentemente plausívelmente identificada como a personificação da sífilis, uma doença provavelmente introduzida na Europa do Novo Mundo e alcançar proporções epidêmicas em 1500.O significado simbólico da cena central é, portanto, revelado ser amor inconfundível, presidido pelo prazer e abedido por Deceit, e suas conseqüências dolorosas. O esquecimento, a figura na parte superior esquerda que é mostrada sem capacidade física para lembrar, tenta desenhar um véu sobre todos, mas é impedida pelo Tempo do Pai - possivelmente aludindo aos efeitos atrasados da sífilis. Frio como mármore ou esmalte, as nus são implantadas contra o mais caro azul ultramarino, e toda a composição, achatada contra o plano de imagem, lembra os designs contemporâneos de Bronzino para as novas fábricas de tapeçaria do duque.